domingo, 14 de novembro de 2010

Sou professor, recebi um aluno especial... O que fazer?


Que educador ainda não se fez essa pergunta diante deste desafio?... Bom, como sempre, a vida da gente é feita de escolhas... Podemos escolher aprender sobre este aluno, tentar interagir com ele e nos deixar levar por este lado desafiador e cheio de novas descobertas e aprendizagens que é a inclusão, ou simplesmente não fazer nada, afinal, quem pediu um aluno especial na sua sala?...

Se você é como eu, sem sombra de dúvida seguirá o primeiro caminho, e não apenas vai ensinar este aluno, como com ele também vai aprender muito.

Alunos especiais são assim mesmo, eles chegam na nossa sala, para modificar toda a rotina, dar aquela chacoalhada na gente e nos desafiar a fazer mais, a ser ainda mais criativo.

E quando estamos diante destes alunos e destes desafios, temos que pensar em algumas questões importantes:

- Quais as necessidades/dificuldades deste meu aluno?

- Quais suas potencialidades/habilidades?

- Como posso explorar suas potencialidades/habilidades afim de sanar (ou diminuir) suas necessidades/dificuldades?

- Quais meus objetivos para trabalhar com este aluno neste ano letivo?

E finalmente:

- Como adaptar recursos e materiais para atingir meus objetivos?

Sim, educar não é tarefa fácil... E diante de desafios a tarefa pode se tornar mais difícil, mas se você se deixar levar nesta aventura, no final do ano letivo, com certeza se sentirá recompensado, e muita coisa terá aprendido.

Quando pensamos nos recursos, tudo parece tão distante... Afinal, nem temos nas escolas públicas tudo que achamos que seria necessário para educar os alunos, de modo geral, imagina então material adequado para um aluno especial?... Mas o mais importante de tudo, é pensar, que estes materiais podem ser adaptados e criados com sucatas e muita criatividade. Exemplo disso, é o teclado que criei para trabalhar com uma aluna de baixa visão nas aulas de infomática. Peguei um teclado antigo, desses que tem as teclas um pouco maiores, e fiz uma dapatação com recorte e colagem, colocando sobre as teclas um papel com a letra desenhada de canetinha, ocupando todo o espaço da tecla. Ainda marquei as teclas de espaço, travessão, enfim, também ganharam destaque. Dessa forma, ela podia digitar mais facilmente do que com o teclado comum.

Quando falamos de deficência visual também podemos limitar um desenho, colocando cordões ou lã em seus contornos. Tive a oportunidade de aprender numa tarde de encontro para formação de professores com alunos com problemas visuais a construir um caderno para alunos com baixa visão. Era recomendado o uso de um caderno comum de desenho, que fosse colocado linhas neles, de dois em dois centímetros, fazer a margem com destaque também. Essas linhas, eram feitas com canetinha, assim como a margem. Poderia ao invés de usar o caderno de desenho, fazer numa folha de ofício, reproduzir e encadernar. Para usar este caderno, o aluno deveria ter um lápis de desneho especial, pois eles são mais grossos e mais fortes, e consequentemente uma borracha especial de desenho, pois para este tipo de lápis se faz necessário isso.

Com alunos com problemas auditivos, é importante posicionar eles na sala, de forma que sua atenção esteja voltada para você (professor), e tem um vídeo bem interessante sobre esta temática: http://www.youtube.com/watch?v=_DADdyUiPko

Criar meios, recursos, metódos... É tarefa diária, de constante busca e um exercício de criatividade e perseverança... Com certeza não existe uma fórmula mágica e milagrosa para atender essas necessidades. Mas nem por isso se torna tarefa impossível, acredito que acima de tudo, vale a pena insistir e acreditar que podemos educar TODOS os alunos. E se alguém me perguntar se sou uma sonhadora, vou dizer com MUITO otgulho que sim!!! Afinal, todo professor deve ser meio louco e sonhador, deve acreditar que seu papel na sala de aula, mesmo sendo uma sementinha, que vai brotar e render bons frutos na vida daqueles alunos que passam pelo nosso caminho.

Enfim, muitas vezes, vale mais o olhar atento e criativo do professor, para inventar seus próprios materiais pedagógicos para melhor atender as necessidades de alguns alunos, só é preciso boa vontade e muita criatividade.

Inclusão Escolar:

Inclua-se nesta causa também!

Carolina Silva Lopes Mancilha

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